ONTEM (19/09) participei, com toda a turma de Letras 2007 da UEPA, de uma entrevista com Salomão Laredo, escritor paraense que se dedica a contar as lendas culturais do Pará, no auditório Inocêncio Oliveira aqui em Paragominas-PA, que estava lotado.
Fiz duas perguntas sobre a dificuldade de um escritor iniciante publicar seu primeiro trabalho e o que seria mais importante na construção de uma obra de ficção: os personagens, o enredo ou outra coisa. As respostas foram satisfatórias e interessantes.
Mas o que mais me chamou a atenção foi como Laredo foi incentivado a ler. Ele contou-nos que o pai dele contava, todo dia, um capítulo de um livro e deixava o gancho para continuar no outro dia. Aquilo despertou o interesse de Salomão pela literatura.
Outro ilustre convidade presente no encontro foi Américo Leal, escritor de Paragominas, ganhador do prêmio IAP de literatura na categoria contos. Ele também contou como faz para seu filho ler livros:
"Eu disse que pagaria R$10,00 por cada livro que ele lesse. Deu certo. Ele já leu cinco livros e entre eles Cecília Meireles."
O nosso atual professor, Nazareno Brandão, também contou sua experiência de como despertou a curiosidade dos alunos do ensino fundamental. Ele levava para a classe uma obra infanto-juvenil e começava, sem mais nem menos ler o livro. Quando chegava no clímax da narrativa e se dizia cansado. Claro que os alunos lamentavam e pedia para que ele continuasse, mas ele dizia que eles poderiam saber como continuava se pegassem o livro e lessem o restante da estória. Essa dica também pode funcionar com um filho.
Achei fascinante essas experiências e dicas. Quem dera meus pais tivessem feito isso comigo. O meu objetivo agora é colocar isso em prática com minha filha e com meus futuros alunos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário