O homem busca, em desespero, mas antes tarde do que nunca, a preservação do que sobrou neste Planeta. Não é impossível, até porque atitudes simples têm o poder de mudar o rumo de coisas importantes. Mas eis o impasse: por que não se começa a educar para o equilíbrio da ecologia humana? Quanto custa o esforço por um abraço, um sorriso, uma demonstração de afeto?
A Escola gasta quase todo o tempo destinado a ela resolvendo equações de primeiro e segundo graus e a criança vive refém de deveres de casa. Não há tempo nem espaço brincar. Dirão muitos que a concorrência exige tudo isso na corrida desenfreada ao mercado de trabalho: passar nos concursos, nos vestibulares e arranjar emprego, só quem sabe mais equação e rebincoca da parafuseta.
Certa vez perguntaram a uma famosa atriz, centenária, o que a levou ao sucesso nos palcos do teatro e ela nem pestanejou: a fome. Estudar não lhe fez falta? Perguntou o repórter, e ela disse que não, porque a professora só ensinava algarismos romanos até 100.
A educação tem os recursos pedagógicos para transformar a humanidade. Quem falhou? Ao invés de ensinar doutrinas religiosas, porque não se ensinam valores? Fé, amor, paz, união, misericórdia, fraternidade, solidariedade? Ensinar ao homem a ser bom é um grande desafio Todas as guerras do Planeta têm origem na doutrina de alguma religião.
Quando o homem reflorestar as idéias, podar os galhos secos da ira, regar suas raízes no manancial da fé, vai colher os frutos de um mundo oxigenado de amor. O homem equilibrado vai equilibrar o Planeta!
Ivone Boechat
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Conto - AQUELES BRAÇOS FORTES*.
* CONTO VENCEDOR DO CONCURSO LITERÁRIO DA FIC DE PARAGOMINAS - 2007
Ele balançava preguiçosamente acomodado em uma rede na varanda ventilada de sua confortável casa. Era o que mais gostava de fazer agora: apenas sentir o vento sacudir-lhe delicadamente os cabelos levemente grisalhos enquanto pensava na vida, sorria junto à felicidade e lembrava-se de sua infância.
Foi quando mais uma visão de anos passados povoou-lhe a mente e arremessou-o à época em que o pai os deixou, saindo de casa para viver com uma ninfeta cor-de-jambo. Momentos de angústia. Dor. Insegurança. Desestruturação.
Restaram então apenas a mãe — uma mulher baixinha, perfeita dona de casa, com expressões de serenidade estampadas no rosto redondo —, duas irmãs e ele, que se via com quatorze anos. A devotada mãe, para não ouvir os estômagos dos filhos gemerem de fome, saiu para trabalhar fora de casa. Arranjou um emprego penoso no mercado, onde tinha que carregar caixas e mais caixas, sacos pesados ao extremo, pesos e mais pesos. Não demorou muito para que ele começasse a notar algumas mudanças nela. Os braços dela passaram a tomar formas mais rijas, pareciam engrossar, tornarem-se fortes. Foi dali em diante que um dos sete pecados capitais se apossou dele. Não pode evitar a inveja dos braços forte de sua mãe.
Aos olhos dele, ela parecia tornar-se mais resistente a cada dia. Caixas mais pesadas eram suportadas e levadas de um lugar a outro com menos esforço. Com o tempo a mãe até conseguia levar duas caixas num braço e sustentar as duas filhas no outro. Aquilo parecia ilusão, mas seus olhos de fato podiam contemplar os músculos desenvolvidos dela em ação. E a inveja aumentava.
Na escola ele ouvia alguns alunos tecerem comentários sobre sua mãe. “Ela é mais forte que um touro”, disse certa vez uma aluna metida. “Um touro? Você tá brincando? Ela deve levantar um carro acima da cabeça sem fazer muita força!” retrucou alguém perto. Ele ouvia e ficava consternado. Quando ele iria ser forte como a mãe? Ele achava que nunca, já que agora ela trabalhava dia e noite quase que incessantemente.
Quando arranjou uma namoradinha, de nome Aninha, levou-a em casa para conhecer a mãe robusta num dos raros momentos de folga desta. Foi um desastre. Aninha comparou os braços de palito dele com os da mãe, que mais pareciam duas toras de madeira. A namoradinha ficou impressionada, assim como todos os que notavam aqueles bíceps e tríceps avantajados e bem definidos. A inveja aumentava.
Uma idéia veio-lhe à mente. Entrou numa academia de um amigo que, ao ver muitas lágrimas e insistências, dispensou dele as mensalidades, já que não podia pagar. Começou a malhar depois das aulas. Puxava as irmãs pelas mãos e as deixava sentadas sobre uma pequena pilha de pesos enquanto ele se encharcava de suor exercitando os músculos do braço.
Alguns meses se passaram. Os braços dele dobraram de tamanho; os da mãe triplicaram. A inveja aumentava.
Houve um dia em que um rapaz briguento, que praticava halterofilismo na mesma academia e era conhecido pelo apelido de “Tijolo”, quis brigar com ele pelo simples fato de terem se esbarrado acidentalmente no estreito espaço entre um parelho de musculação e outro. Tijolo era enorme. Ele sabia que não sairia vencedor se viessem a lutar com aquele grandalhão. Chegou à conclusão que não queria lutar. Tijolo não quis esperar suas justificativas e desferiu-lhe um soco no meio do nariz. Ele caiu sentado, zonzo, quase que desacordado. Um gosto de sangue surgiu na boca. Levou a mão ao nariz e descobriu que de lá escorria sangue. Com certeza o golpe quebrara seu nariz. Tijolo pareceu não se dar conta que com um simples golpe já se tornara o vencedor. Partiu para cima do mais fraco com ímpeto, mas parou instantaneamente. O garoto ensangüentado e acuado pode notar os braços fortes da mãe em volta da cintura de Tijolo, segurando-o. Sem o menor esforço ela levantou o rixento e levou-o para fora da academia. Lá fora, todos puderam ver a maior surra que Tijolo já levara na vida. A mãe ainda o fez prometer nunca mais cruzar o caminho do filho.
A partir daquele dia, todos, em vez de respeitá-lo, caçoaram dele. Não pode cuidar de si mesmo? Cadê a mamãezinha para te proteger? Olha só, já vai pra debaixo das barras da saia da mamãe! Tudo era motivo para o rebaixarem a nada. Seus olhos se enchiam de lágrimas. Seu coração se despedaçava. Aqueles braços fortes da mãe! Inveja para quê? Para quê ter braços iguais àqueles? Eles só trouxeram para ele sentimentos de inferioridade, derrota e humilhação.
Trancou-se no quarto, abespinhado. Chorou. Gritou. Não quis mais saber da mãe nem das irmãs. Comida já não ingeria há um bom tempo. Então seus braços passaram a afinar novamente. Deitou uma hora sobre a cama e adormeceu.
Sonhou com o pai voltando para casa, ajoelhando aos pés da mãe e pedindo perdão por tê-la trocado por outra mulher mais jovem. O que viu em seguida foi o pai sendo jogado a um quarteirão de distância da casa por aqueles braços poderosos e impetuosos.
Ele despertou gritando alto, sobressaltado. A porta foi imediatamente arrombada e a mãe, numa velocidade incrível, correu e se debruçou sobre ele, abraçando-o.
“Tudo bem, querido. Eu estou aqui para protegê-lo”, foi o que ela disse, com suavidade. Naquele exato momento ele percebeu que, apesar de tantos músculos, aqueles braços eram extraordinariamente aconchegantes ao seu redor. Deu-se conta que nunca sentira a força deles a surrarem-lhe o corpo. Mas agora sentia a intensidade daquele amor maternal a envolver-lhe calorosamente. Sentia-se tranqüilo, seguro, amado.
Não tinha mais inveja ou ódio daqueles braços fortes. Nada daquilo importava mais.
Ele voltou ao presente como que saindo de um transe.
Respirou fundo e sentiu novamente o vento refrescar-lhe o rosto. Sorriu gostoso. Olhou para o lado onde havia outra rede armada. Lá uma velhinha miúda de braços grossos dormia sossegada, despreocupada. Ele sorriu mais uma vez, admirando-a, concluindo que por mais fortes que os braços da mãe pudessem ter se tornado no passado, nunca puderam se igualar à força do amor que ela carregava dentro do seu pequeno coração.
Autor: Naasom A. Sousa
Ele balançava preguiçosamente acomodado em uma rede na varanda ventilada de sua confortável casa. Era o que mais gostava de fazer agora: apenas sentir o vento sacudir-lhe delicadamente os cabelos levemente grisalhos enquanto pensava na vida, sorria junto à felicidade e lembrava-se de sua infância.
Foi quando mais uma visão de anos passados povoou-lhe a mente e arremessou-o à época em que o pai os deixou, saindo de casa para viver com uma ninfeta cor-de-jambo. Momentos de angústia. Dor. Insegurança. Desestruturação.
Restaram então apenas a mãe — uma mulher baixinha, perfeita dona de casa, com expressões de serenidade estampadas no rosto redondo —, duas irmãs e ele, que se via com quatorze anos. A devotada mãe, para não ouvir os estômagos dos filhos gemerem de fome, saiu para trabalhar fora de casa. Arranjou um emprego penoso no mercado, onde tinha que carregar caixas e mais caixas, sacos pesados ao extremo, pesos e mais pesos. Não demorou muito para que ele começasse a notar algumas mudanças nela. Os braços dela passaram a tomar formas mais rijas, pareciam engrossar, tornarem-se fortes. Foi dali em diante que um dos sete pecados capitais se apossou dele. Não pode evitar a inveja dos braços forte de sua mãe.
Aos olhos dele, ela parecia tornar-se mais resistente a cada dia. Caixas mais pesadas eram suportadas e levadas de um lugar a outro com menos esforço. Com o tempo a mãe até conseguia levar duas caixas num braço e sustentar as duas filhas no outro. Aquilo parecia ilusão, mas seus olhos de fato podiam contemplar os músculos desenvolvidos dela em ação. E a inveja aumentava.
Na escola ele ouvia alguns alunos tecerem comentários sobre sua mãe. “Ela é mais forte que um touro”, disse certa vez uma aluna metida. “Um touro? Você tá brincando? Ela deve levantar um carro acima da cabeça sem fazer muita força!” retrucou alguém perto. Ele ouvia e ficava consternado. Quando ele iria ser forte como a mãe? Ele achava que nunca, já que agora ela trabalhava dia e noite quase que incessantemente.
Quando arranjou uma namoradinha, de nome Aninha, levou-a em casa para conhecer a mãe robusta num dos raros momentos de folga desta. Foi um desastre. Aninha comparou os braços de palito dele com os da mãe, que mais pareciam duas toras de madeira. A namoradinha ficou impressionada, assim como todos os que notavam aqueles bíceps e tríceps avantajados e bem definidos. A inveja aumentava.
Uma idéia veio-lhe à mente. Entrou numa academia de um amigo que, ao ver muitas lágrimas e insistências, dispensou dele as mensalidades, já que não podia pagar. Começou a malhar depois das aulas. Puxava as irmãs pelas mãos e as deixava sentadas sobre uma pequena pilha de pesos enquanto ele se encharcava de suor exercitando os músculos do braço.
Alguns meses se passaram. Os braços dele dobraram de tamanho; os da mãe triplicaram. A inveja aumentava.
Houve um dia em que um rapaz briguento, que praticava halterofilismo na mesma academia e era conhecido pelo apelido de “Tijolo”, quis brigar com ele pelo simples fato de terem se esbarrado acidentalmente no estreito espaço entre um parelho de musculação e outro. Tijolo era enorme. Ele sabia que não sairia vencedor se viessem a lutar com aquele grandalhão. Chegou à conclusão que não queria lutar. Tijolo não quis esperar suas justificativas e desferiu-lhe um soco no meio do nariz. Ele caiu sentado, zonzo, quase que desacordado. Um gosto de sangue surgiu na boca. Levou a mão ao nariz e descobriu que de lá escorria sangue. Com certeza o golpe quebrara seu nariz. Tijolo pareceu não se dar conta que com um simples golpe já se tornara o vencedor. Partiu para cima do mais fraco com ímpeto, mas parou instantaneamente. O garoto ensangüentado e acuado pode notar os braços fortes da mãe em volta da cintura de Tijolo, segurando-o. Sem o menor esforço ela levantou o rixento e levou-o para fora da academia. Lá fora, todos puderam ver a maior surra que Tijolo já levara na vida. A mãe ainda o fez prometer nunca mais cruzar o caminho do filho.
A partir daquele dia, todos, em vez de respeitá-lo, caçoaram dele. Não pode cuidar de si mesmo? Cadê a mamãezinha para te proteger? Olha só, já vai pra debaixo das barras da saia da mamãe! Tudo era motivo para o rebaixarem a nada. Seus olhos se enchiam de lágrimas. Seu coração se despedaçava. Aqueles braços fortes da mãe! Inveja para quê? Para quê ter braços iguais àqueles? Eles só trouxeram para ele sentimentos de inferioridade, derrota e humilhação.
Trancou-se no quarto, abespinhado. Chorou. Gritou. Não quis mais saber da mãe nem das irmãs. Comida já não ingeria há um bom tempo. Então seus braços passaram a afinar novamente. Deitou uma hora sobre a cama e adormeceu.
Sonhou com o pai voltando para casa, ajoelhando aos pés da mãe e pedindo perdão por tê-la trocado por outra mulher mais jovem. O que viu em seguida foi o pai sendo jogado a um quarteirão de distância da casa por aqueles braços poderosos e impetuosos.
Ele despertou gritando alto, sobressaltado. A porta foi imediatamente arrombada e a mãe, numa velocidade incrível, correu e se debruçou sobre ele, abraçando-o.
“Tudo bem, querido. Eu estou aqui para protegê-lo”, foi o que ela disse, com suavidade. Naquele exato momento ele percebeu que, apesar de tantos músculos, aqueles braços eram extraordinariamente aconchegantes ao seu redor. Deu-se conta que nunca sentira a força deles a surrarem-lhe o corpo. Mas agora sentia a intensidade daquele amor maternal a envolver-lhe calorosamente. Sentia-se tranqüilo, seguro, amado.
Não tinha mais inveja ou ódio daqueles braços fortes. Nada daquilo importava mais.
Ele voltou ao presente como que saindo de um transe.
Respirou fundo e sentiu novamente o vento refrescar-lhe o rosto. Sorriu gostoso. Olhou para o lado onde havia outra rede armada. Lá uma velhinha miúda de braços grossos dormia sossegada, despreocupada. Ele sorriu mais uma vez, admirando-a, concluindo que por mais fortes que os braços da mãe pudessem ter se tornado no passado, nunca puderam se igualar à força do amor que ela carregava dentro do seu pequeno coração.
* * * * * * *
Autor: Naasom A. Sousa
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Meus Textos
GANHEI O CONCURSO LITERÁRIO 2007 DE PARAGOMINAS!!
Glória a Deus!! Ganhei o concurso literário de Paragominas-PA - ano 2007, em 1º lugar na categoria conto!
Como já havia postado aqui, estive concorrendo com um conto e uma poesia. O título do conto é AQUELES BRAÇOS FORTES; o da poesia é PRECISO DE DEUS, mas é a mesma poesia que já está no blog, só que com outro nome, NUNCA MAIS.
O resultado saiu no sábado, 2ª noite da FIC (Feira de Integração Cultural) de Paragominas.
Puxa, estou super-feliz por ter ganhado esse prêmio (certificado + R$ 500,00) e mais ainda pelo reconhecimento aqui na cidade.
Devo tudo ao meu Senhor Jesus, que me deu a capacidade de criar e escrever.
OBRIGADO, SENHOR!!
Depois colocarei aqui o conto para todos lerem.
Como já havia postado aqui, estive concorrendo com um conto e uma poesia. O título do conto é AQUELES BRAÇOS FORTES; o da poesia é PRECISO DE DEUS, mas é a mesma poesia que já está no blog, só que com outro nome, NUNCA MAIS.
O resultado saiu no sábado, 2ª noite da FIC (Feira de Integração Cultural) de Paragominas.
Puxa, estou super-feliz por ter ganhado esse prêmio (certificado + R$ 500,00) e mais ainda pelo reconhecimento aqui na cidade.
Devo tudo ao meu Senhor Jesus, que me deu a capacidade de criar e escrever.
OBRIGADO, SENHOR!!
Depois colocarei aqui o conto para todos lerem.
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Leitura
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Meu 1º Concurso Literário!
ANTEONTEM, escrevi-me em meu primeiro concurso literário, aqui em Paragominas, cidade onde resido. Animei-me por conta de uma idéia que tive para um conto-rápido. Foi muito gostoso escrevê-lo. Não posso falar muito sobre ele nem revelar o título, mas assim que sair o resultado do concurso eu o clocarei aqui.
Além de concorrer pelo conto, também me escrevi na categoria poesia, pois acho que em comparação com algumas que li nos concursos passados, tenho chance - pelo menos - de publicar no livro GOTAS LITERÁRIAS, onde são colocadas as 15 poeias, 5 melhores contos, 5 cordeias e 5 crônicas.
O concurso acontece na Feira de Integração Cultural (FIC) aqui da cidade, agora no mês de outubro, dias 19, 20 e 21. Bem... Agora é só esperar e ver qual será o resultado.
O DESAFIO DA EDUCAÇÃO PARA UM NOVO TEMPO
A humanidade está evoluindo, emocionalmente, na velocidade da tartaruga, frente à tecnologia que ultrapassa a qualquer previsão, na velocidade da luz! Quem não estiver disposto a rever conceitos, mas, sobretudo, assumir uma postura de maturidade emocional, frente a tantos desafios que a modernidade proporcionou ao homem, ficará à margem do processo. A pessoa que compõe a estatística de qualquer tipo de analfabetismo - e são muitos os tipos - tem vida, conforto, informação, recursos extraordinários e não é capaz de ler, interpretar e tomar posse da modernidade. Se alguém escapa do analfabetismo da leitura e da escrita, com certeza, pode estar sofrendo como analfabeto funcional, analfabeto virtual, analfabeto emocional, analfabeto social, analfabeto espiritual... etc, etc, etc... Isto se parece muito com aquela velha história do burro na porta do palácio.
Hoje, aos vinte, trinta anos, se o cidadão parar de aprender, está fora da concorrência. Aos 90, se estiver sintonizado com a evolução e fizer parte dela, como sujeito e objeto da história, não sai da concorrência: é consultor dos fracos e oprimidos! Logo, quem está do lado de fora da roda do aprendizado e do crescimento constante, deve voltar, imediatamente. O perfil do profissional é baseado na qualidade essencial. Maisoumenos morreu afogado no mar da tecnologia. Foi substituído pelos modernos gestores do tempo, do conhecimento, da informação... O eficiente tropeçou no eficaz que é capaz de fazer o impossível. O homem multifuncional, preparado para exercer numerosas atividades profissionais, deixou o “especialista” acomodado para trás, especializando-se no brechó...
As escolas devem se organizar para receber crianças cada vez menores e tratar de se estruturar como casa de educação. Chega de “empresas” que vendem diploma a preços absurdos e salve aquelas instituições que têm a capacidade de formar cidadãos para promover a revolução das consciências e organizar uma sociedade pacífica, feliz, adaptável, sim, porque o adaptado sucumbiu!
As escolas devem ainda se preparar, urgentemente, para oferecer cursos de formação e atualização para pessoas maduras. Quem não se programar para entrar no contexto perderá a grandiosa oportunidade de participar da era mais fantástica da humanidade. As universidades estão recebendo estudantes com idades bem superiores, ultimamente. E tende a aumentar.
O Brasil está cotado para ser o 5o país do mundo em número de idosos, até o ano 2010. O conceito de velho como sinônimo de doença, tristeza, abandono, tralha, desesperança, deve ser revisto. A palavra velho serve para significar coisas velhas, enguiçadas. A palavra idoso é sinônimo de bênção da longevidade.
No Dia Internacional do Idoso, organizam-se eventos, com a presença de conferencistas “especializados”. Raramente, eles se lembram de ajudar a mobilizar a motivação e resgatar a auto-estima dos convidados. De um modo geral, os assuntos giram em torno do pessimismo, depressão, estresse, próteses, espinhela caída, trombose, trombada, cadeira de rodas, muletas, piriri, tosse noturna, bexiga arriada, artrose, mal disso, mal daquilo e daquilo outro... Há outros “consultores” que se especializaram em assombrar só com notícias ruins. Ou seja, anunciam tantos horrores, dando a impressão que se o idoso se livrar daquilo tudo, pode não escapar da bala perdida, da guerra, das batidas no trânsito, do arrastão, enfim... só desgraça! Do INPS-assobração que só se desencarna a sete palmos de terra. A filósofa Dercy Gonçalves, do apogeu dos 100 anos orienta: “Se você cair num buraco, dê graças a Deus se não tiver terra por cima.”
Quando o ser humano e, claro, também o idoso comparece a uma conferência ele quer ouvir assuntos que o deixe animado, pronto a sair dali e programar aquela viagem adiada, retomar um projeto esquecido, fazer um curso, escrever um livro, inscrever-se num concurso de poesias, enfim, estimulado a prosseguir, a valorizar a vida, a ser fiscal da natureza, profissão na última moda!
As empresas de um modo geral que ainda não acordaram e não se prepararam para atender, no momento, a mais de 15 milhões de pessoas com idade acima de 65 anos, vão falir. A demanda vai dobrar dentro dos próximos anos. Se uma jovem senhora vai hoje a um shoping comprar uma roupa, seja para dias comuns ou para comparecer a uma festa, é um horror. As roupas bonitas, modernas, não têm numerações que ultrapassam o manequim 44. As “outras”, chamadas senhoris, são da cor bege, preta, marrom, cinza, de florzinha e, na maioria das vezes, ridículas, sem a mínima criatividade, tipo assim capa de botijão. Não existe meio termo. Ou a pessoa sai de paetê até debaixo do braço...
Quando alguém completa 70 anos, é muito comum se organizar uma festa. Na cerimônia de “comemorações”, sublinham-se alguns versos do Salmo 90, (cuja autoria é atribuída a Moisés) que são lidos para advertir, assustar, ameaçar, amedrontar, apontar ao aniversariante as setas para a reta final. O orador com aquela voz de relações públicas de necrotério lê: “A duração de nossa vida é de 70, 80 anos o que passa disto...” Mas é bom esclarecer que Moisés escreveu este Salmo, imaginando que sua vida estaria chegando ao fim. Ele estava passando pela crise dos 70. Somente aos 80 anos o salmista iniciou o processo de retirada do povo de Israel do Egito e a missão se estendeu por mais 40 anos. Aos 120 anos, Moisés morreu. E o seu substituto, Josué, com 85 anos foi nomeado, com palavras divinas de fortalecimento: “Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo”. (Js 1:7).
Portanto, o maior desafio de qualquer tempo é aprender a viver. Que valor tem a vida sem projeto de vida? É preciso traçar regras de bem viver, estabelecer prioridades, administrar o tempo, gerir informações, competência emocional para reconhecer e controlar as emoções, e aprender a auto-estimular a produção dos hormônios que formam o padrão químico do bem estar. Se você é educador, antes de procurar o valor de x, invista 5 minutos diários, ensinando sobre o VALOR DA VIDA!
Ivone Boechat
PhD
Hoje, aos vinte, trinta anos, se o cidadão parar de aprender, está fora da concorrência. Aos 90, se estiver sintonizado com a evolução e fizer parte dela, como sujeito e objeto da história, não sai da concorrência: é consultor dos fracos e oprimidos! Logo, quem está do lado de fora da roda do aprendizado e do crescimento constante, deve voltar, imediatamente. O perfil do profissional é baseado na qualidade essencial. Maisoumenos morreu afogado no mar da tecnologia. Foi substituído pelos modernos gestores do tempo, do conhecimento, da informação... O eficiente tropeçou no eficaz que é capaz de fazer o impossível. O homem multifuncional, preparado para exercer numerosas atividades profissionais, deixou o “especialista” acomodado para trás, especializando-se no brechó...
As escolas devem se organizar para receber crianças cada vez menores e tratar de se estruturar como casa de educação. Chega de “empresas” que vendem diploma a preços absurdos e salve aquelas instituições que têm a capacidade de formar cidadãos para promover a revolução das consciências e organizar uma sociedade pacífica, feliz, adaptável, sim, porque o adaptado sucumbiu!
As escolas devem ainda se preparar, urgentemente, para oferecer cursos de formação e atualização para pessoas maduras. Quem não se programar para entrar no contexto perderá a grandiosa oportunidade de participar da era mais fantástica da humanidade. As universidades estão recebendo estudantes com idades bem superiores, ultimamente. E tende a aumentar.
O Brasil está cotado para ser o 5o país do mundo em número de idosos, até o ano 2010. O conceito de velho como sinônimo de doença, tristeza, abandono, tralha, desesperança, deve ser revisto. A palavra velho serve para significar coisas velhas, enguiçadas. A palavra idoso é sinônimo de bênção da longevidade.
No Dia Internacional do Idoso, organizam-se eventos, com a presença de conferencistas “especializados”. Raramente, eles se lembram de ajudar a mobilizar a motivação e resgatar a auto-estima dos convidados. De um modo geral, os assuntos giram em torno do pessimismo, depressão, estresse, próteses, espinhela caída, trombose, trombada, cadeira de rodas, muletas, piriri, tosse noturna, bexiga arriada, artrose, mal disso, mal daquilo e daquilo outro... Há outros “consultores” que se especializaram em assombrar só com notícias ruins. Ou seja, anunciam tantos horrores, dando a impressão que se o idoso se livrar daquilo tudo, pode não escapar da bala perdida, da guerra, das batidas no trânsito, do arrastão, enfim... só desgraça! Do INPS-assobração que só se desencarna a sete palmos de terra. A filósofa Dercy Gonçalves, do apogeu dos 100 anos orienta: “Se você cair num buraco, dê graças a Deus se não tiver terra por cima.”
Quando o ser humano e, claro, também o idoso comparece a uma conferência ele quer ouvir assuntos que o deixe animado, pronto a sair dali e programar aquela viagem adiada, retomar um projeto esquecido, fazer um curso, escrever um livro, inscrever-se num concurso de poesias, enfim, estimulado a prosseguir, a valorizar a vida, a ser fiscal da natureza, profissão na última moda!
As empresas de um modo geral que ainda não acordaram e não se prepararam para atender, no momento, a mais de 15 milhões de pessoas com idade acima de 65 anos, vão falir. A demanda vai dobrar dentro dos próximos anos. Se uma jovem senhora vai hoje a um shoping comprar uma roupa, seja para dias comuns ou para comparecer a uma festa, é um horror. As roupas bonitas, modernas, não têm numerações que ultrapassam o manequim 44. As “outras”, chamadas senhoris, são da cor bege, preta, marrom, cinza, de florzinha e, na maioria das vezes, ridículas, sem a mínima criatividade, tipo assim capa de botijão. Não existe meio termo. Ou a pessoa sai de paetê até debaixo do braço...
Quando alguém completa 70 anos, é muito comum se organizar uma festa. Na cerimônia de “comemorações”, sublinham-se alguns versos do Salmo 90, (cuja autoria é atribuída a Moisés) que são lidos para advertir, assustar, ameaçar, amedrontar, apontar ao aniversariante as setas para a reta final. O orador com aquela voz de relações públicas de necrotério lê: “A duração de nossa vida é de 70, 80 anos o que passa disto...” Mas é bom esclarecer que Moisés escreveu este Salmo, imaginando que sua vida estaria chegando ao fim. Ele estava passando pela crise dos 70. Somente aos 80 anos o salmista iniciou o processo de retirada do povo de Israel do Egito e a missão se estendeu por mais 40 anos. Aos 120 anos, Moisés morreu. E o seu substituto, Josué, com 85 anos foi nomeado, com palavras divinas de fortalecimento: “Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo”. (Js 1:7).
Portanto, o maior desafio de qualquer tempo é aprender a viver. Que valor tem a vida sem projeto de vida? É preciso traçar regras de bem viver, estabelecer prioridades, administrar o tempo, gerir informações, competência emocional para reconhecer e controlar as emoções, e aprender a auto-estimular a produção dos hormônios que formam o padrão químico do bem estar. Se você é educador, antes de procurar o valor de x, invista 5 minutos diários, ensinando sobre o VALOR DA VIDA!
Ivone Boechat
PhD
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terça-feira, 2 de outubro de 2007
Foto com colegas da universidade.
Pequena foto de um momento de descontração na universidade, turma de Letras 2007.
Eu, Faelen e Faina.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Um dia você aprende - Willian Shakespeare.
Um dia você aprende que...
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você mesmo pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você mesmo pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
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